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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Clinch > Resultado final esperado. De forma injusta

No texto pré-luta cravei a vitória fácil de Barão e Jones (eu e o resto do mundo). Mas por muito pouco, ou melhor, por 3 pessoas (os juízes), todos os comentaristas de MMA, inclusive eu, não ficariam com cãibra na boca, como diria meu BRILHANTE* irmão e editor-chefe deste blog Ricardo Pilat.

Começando pela luta fácil, Barão manteve seu cinturão peso galo com nocaute no inicio do 2º round. Um chute rodado, que é característico do potiguar, definiu o combate. O brasileiro é soberano em sua categoria e merece ser campeão de fato. Se Dominick Cruz recuperar-se a luta tem que acontecer, enquanto isso o brasileiro continua passeando no octógono do UFC. Deixo aqui uma única crítica nessa luta: para o árbitro Yves Lavigne. Ele é ruim demais, parece que fica com dó dos lutadores e interrompe a luta de forma rápida, assim como fez ontem. Os atletas treinam meses para subir no octógono sabendo que vão tomar porrada na cara, então não pode ter dó, e sim deve ter respeito ao trabalho deles e interromper no momento certo.

Agora a luta difícil. Apesar do resultado final, admito que falei bobagens no texto anterior e já estava preparado para me auto criticar. Gustafsson ganhou a luta, na minha opinião e na de muitos fãs de MMA, inclusive o público de Toronto, que vaiou Jones e aplaudiu o sueco no pós luta. Mas não sou daqueles que acha que foi um roubo descarado. Na verdade a luta foi equilibrada e pode ter sim visões diferentes. Agora a decisão unânime me parece estranha, e principalmente o infeliz do juiz que marcou 49 a 46 para o Jones.

Gustafsson não é um lutador de grande técnica, mas estava com o boxe e o fôlego afiados. Além disso merece o respeito de todos por entrar no octógono sem medo e pressionando desde o começo da luta. O campeão pareceu assustado com a atitude do desafiante. Depois de um golpe de raspão próximo ao olho e um corte, Jones se desconcentrou e acabou sendo derrubado, a primeira queda cedida por ele no UFC. O nervosismo do americano ficava claro ao final dos rounds quando ele levantava as mãos, querendo mostrar na marra que venceu aquele período.

Todos os rounds foram equilibrados, mas Gustafsson se mantinha superior em pé, acertando um número maior de golpes. Isso até os 40 segundos finais do quarto round onde Jones acertou uma cotovelada rodada no sueco, o deixando grogue, e por pouco não nocauteou. No 5º round os dois estavam muito cansados e debilitados, mas Jones venceu.

Nas minhas contas foram os 3 primeiros rounds para Gustafsson e 2 para Jones. Enfim, os juízes deram a vitória ao americano.

As lições que a luta deixou: Jones precisa melhorar muito seu boxe. Em pé ele diferencia-se com as cotoveladas surpreendentes, bons chutes, mas principalmente por sua envergadura. E na primeira luta contra alguém da média de altura ele não conseguiu impor seu jogo. Gustafsson foi o grande vencedor do combate, pois ganhou moral, o prêmio de melhor luta da noite, e a certeza de que terá uma nova chance de disputar o cinturão. Seja agora, ou depois do brasileiro Glover Teixeira ter sua oportunidade. Parabéns ao sueco.

*Venho humildemente pedir uma graninha emprestada. Valeu, BRILHANTE irmão!

Resultados do UFC 165:

CARD PRINCIPAL
Jon Jones venceu Alexander Gustafsson por decisão unânime dos jurados
Renan Barão venceu Eddie Wineland por nocaute técnico no segundo round
Brendan Schaub venceu Matt Mitrione por finalização no primeiro round
Francis Carmont venceu Costa Philippou por decisão unânime dos jurados
Khabib Nurmagomedov venceu Pat Healy por decisão unânime dos jurados

CARD PRELIMINAR
Myles Jury venceu Mike Ricci por decisão dividida dos jurados
Wilson Reis venceu Ivan Menjivar por decisão unânime dos jurados
Stephen Thompson venceu Chris Clements por nocaute no segundo round
Mitch Gagnon venceu Dustin Kimura por finalização no primeiro round
John Makdessi venceu Renée Forte por nocaute no primeiro round
Michel Trator venceu Jesse Ronson por decisão dividida dos jurados
Alex Caceres venceu Roland Delorme por decisão dividida dos jurados
Daniel Omielanczuk venceu Nandor Guelmino por nocaute no terceiro round

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* A coluna Clinch traz a análise dos principais eventos de artes marciais do planeta.


por Fernando Pilat
| @fernandopilat

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