Sinceramente, empatar com o Botafogo, um dos cabeças (líderes) do campeonato, no Maraca, foi um puta resultado. Melhor ainda foi a postura do time, que encarou em pé de igualdade o adversário em melhor fase no campeonato. Aliás, só foi triste ter de ouvir a torcida do BOTAFOGO gritando “ão, ão, ão, Segunda Divisão” em um dado momento da partida, se referindo ao São Paulo. Isso é pior do que estar na zona de rebaixamento – e olha que, dos times cariocas, o único que eu gosto e respeito é o Botafogo.
Enfim.
O primeiro tempo foi baseado mais no estudo e respeito pleno à estratégia. O São Paulo criou boas chances no início de tal etapa, sendo que a principal delas foi por volta dos 5 minutos de confronto, desperdiçada ridiculamente por Antônio Carlos. Não dá para culpa-lo tanto porque o cara é zagueiro e estava na área por um acaso, mas não podia chutar daquela forma. Acho que se fosse um jogo comemorativo de fim de ano entre Amigos do Djalminha x Amigos do Zinho, ele faria o gol. Como não era essa a situação, ele errou e o gol fez falta – como sempre acontece com quem tá ferrado.
Já o segundo tempo foi muito mais movimentado e emocionante desde o começo. O Botafogo voltou mais decidido a ganhar o jogo e partiu pra cima, pressionando a saída de bola, algo que surtiu efeito, principalmente quando Rogério saiu jogando com Fabrício e este, pressionado que estava, “dominou” a bola dando um passe na cara do gol para Seedorf, que fuzilou e a bola explodiu no travessão.
O São Paulo apostava nos contra-ataques puxados por Lucas Evangelista. Osvaldo também deveria tê-lo feito, mas o Cabra está mais sem confiança em si mesmo do que nerd em micareta.
Apesar de algumas chances terem sido criadas e outras terem aparecido por boas roubadas de bola do meio de campo, o time foi muito lento no ataque e não conseguiu converter em gols nenhuma das oportunidades.
Um pontinho na conta não resolve, mas diante do contexto, ajuda a resolver.
Conceitos
Rogério Ceni – REGULAR: No lance do chutaço do Seedorf descrito no texto, a bola só explodiu no travessão porque o goleiro desviou-a sutilmente. No geral, porém, errou algumas saídas de bola. Não pode.
Douglas – REGULAR: Mais seguro do que costuma ser, porém, ainda inoperante no ataque.
Rodrigo Caio – ÓTIMO: Nada e nem ninguém passou pelo cara.
Antonio Carlos – BOM: Jogou sério. Desperdiçou um gol no começo do jogo, mas é zagueiro, então é compreensível.
Reinaldo – BOM: Foi muito bem no primeiro tempo, apoiando bastante. No segundo ficou mais preso, mas ainda assim fez uma ótima jogada, que só não terminou em gol porque o tal Dória joga demais...
Wellington – BOM: Voltou a ser o velho Wellington. Muito concentrado, fez bons desarmes e ótimas antecipações. Não levou cartão!
Fabrício – REGULAR: Um pouco perdido em alguns lances, mas no geral, não fez cagada.
(Paulo Miranda) – REGULAR: Não foi nem bem, nem mal. Foi regular, héhé.
Jadson – RUIM: Foi lento em diversos lances de ataque. Levou um cartão bobo e está fora do próximo jogo.
(Negueba) – SEM CONCEITO: Jogou pouco, mas gostei da atitude demonstrada nos dez minutos em que esteve em campo.
Ganso – BOM: Organizou todas as jogadas de ataque e ainda fez desarmes precisos.
Lucas Evangelista – BOM: Cumpriu bem sua função de puxar contra-ataques, só falta agora ser mais ousado e partir pra cima da zagueirada.
Osvaldo – PÉSSIMO: Protagonizou lances cômicos.
(Welliton) – BOM: Foi pra cima sem medo, deu opções para os meias e quase que ganhamos o jogo graças à isso. No final teve um problema físico (que confesso não ter entendido o que foi) e deu uma diminuída no ritmo.
Téc. Paulo Autuori – BOM: O time tem demonstrado melhora a cada jogo. A equipe é boa, mas tem ficado claro que o comando era frouxo. Um grupo vencedor, em qualquer contexto, depende de um bom líder, sempre.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com
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