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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Comentário da Redação > Portuguesa 4 x 0 Corinthians

Visão lusitana > Deus perdoa. Gilberto, não
por Thiago Passarelli | @Thigas03


Gilberto é matador! (Foto: Futura Press)
Um clássico cercado de polêmicas do lado rubro-verde. Mando de campo vendido pela diretoria, sendo que o aproveitamento jogando longe do Canindé é fraquíssimo. O grande Guto Ferreira, que chegou e está nos salvando da degola, punido de maneira, no mínimo, estranha, sem poder sequer entrar no estádio. E nosso maior destaque, Diogo, operado às pressas por conta de uma apendicite.

Mas futebol, amigos, se joga dentro das 4 linhas! E lá, a Portuguesa vem numa crescente que até 1 mês atrás era inimaginável! Já eram 2 vitórias seguidas, sem tomar gols. E a última delas, nosso primeiro triunfo 'longe de casa' (e bem longe, no sul, contra o Inter).

E o que se viu em campo foi a Portuguesa cumprindo um roteiro que tem sido frequente nesses últimos jogos: matando o jogo nos 30 minutos iniciais. Já fora assim contra Náutico, Bahia...

Gilberto recebeu três bolas impecáveis, 2 de Corrêa e 1 de Moisés. E guardou as 3! 100% de aproveitamento para ele, que já chega a 11 gols no campeonato!

O Corinthians ainda teve um pênalti a seu favor, quando o jogo estava 2 x 0. Porém Guerrero bateu muito mal e parou na defesa de Lauro.

No segundo tempo, Tite veio para o 'tudo ou nada'. Esvaziou o campo defensivo do Corinthians, e ficou com 4 atacantes (Pato, Sheik, Romarinho e Guerrero), além dos meias armadores Douglas e Danilo. Com isso o time melhorou bastante, chegou até a balançar a rede em 2 oportunidades, mas ambas em posição ilegal.

A Portuguesa, que queria mais era que o jogo acabasse, foi beneficiada pela expulsão (justa e infantil) do zagueiro Gil, que deixou o Corinthians sem nenhum zagueiro em campo e completamente entregue. A Lusa teve algumas oportunidades, e em uma delas Vanderson matou o jogo (se é que já não estava morto).

Vitória importantíssima pra Portuguesa, em mais um jogo sem sofrer gols. E digo importantíssima por 2 fatores: ganhar em clássico sempre é muito bom. E além disso, o próximo jogo da Lusa é contra o líder Cruzeiro, em pleno Mineirão.

Vai, Portuguesa! Vai, não para de lutar!

Conceitos

Lauro - REGULAR: Apesar de ter defendido um pênalti, o arqueiro se mostrou muito inseguro nas bolas aéreas, falhando em pelo menos 3 oportunidades (algo que tem acontecido todo jogo).
Corrêa - ÓTIMO: Mesmo jogando improvisado na lateral-direita, foi um dos pilares do time, sendo responsável por 2 assistências.
Moisés Moura - REGULAR: O capitão teve uma atuação segura, mas mais uma vez cometeu um pênalti infantil.
Valdomiro - BOM: Atuação sólida do camisa 4.
Rogério
- REGULAR: Não apareceu muito no jogo. Também não comprometeu.
Ferdinando
- BOM: O volante, que vinha de fracas atuações, hoje protegeu bem a zaga e ajudou muito o setor defensivo.
Moisés - ÓTIMO: O lançamento para o terceiro gol de Gilberto foi genial. Além disso, fez ótima partida, tanto ofensivamente quanto defensivamente.
Bruno Henrique
- REGULAR: O bom segundo volante rubro-verde fez uma partida regular. Segurou bem o jogo quando o time já estava na frente no placar.
Souza
- ÓTIMO: Nosso camisa 10 passeou em campo hoje. Distribuiu belíssimos passes, comandou o meio-campo lusitano.
Bergson
- REGULAR: Não apareceu muito pro jogo. De quebra, ainda perdeu boa chance ao chutar em gol precipitadamente num dos muitos contra-ataques do segundo tempo.
(Cañete)
- REGULAR: Não teve muito tempo para jogar.
Gilberto - EXCELENTE: Camisa 9 vive de gols. Ele teve 3 chances e fez 3 gols. O que mais pode se esperar de um matador?
(Vanderson)
- BOM: Teve tranquilidade pra matar o jogo, fazendo o 4º gol.
Téc. Alexandre Faganello - BOM: Não inventou. Seguiu o padrão que vem sendo usado por Guto Ferreira.

Visão corintiana > Parabéns a todos os envolvidos
por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola

Massacre lusitano (Foto: Futura Press)
Ok, foi uma peleja muito feia. Mais que isso, uma verdadeira humilhação. Ontem, vimos em Campo Grande algo que não acontecia desde a época dos 23 anos de fila. A Lusinha, o 2º time do coração de boa parte dos paulistanos, passou o trator com direito a pãezinhos e bolinhos de bacalhau à vontade.

A tal “melhor defesa da competição” desde o começo não mostrou dificuldades para o centroavante Gilberto. Duas jogadas nas costas do menino Igor, duas falhas de marcação de Gil (até tu, Brutus? =/) e dois gols logo no começo. Simples assim.

Quando Igor avançou e fez tabela com Sheik, que sofreu pênalti, parecia que veríamos uma reação. Eis que Guerrero pede a bola, bate e Lauro defende, ampliando o jejum de gols do ataque corinthiano. 

O desespero obrigou Tite a mexer ainda no começo da partida, colocando Danilo no lugar de Ibson, mas logo em seguida, Moisés encarnou o espírito de Gérson e com um lançamento preciso, deixou Gilberto livre para arrancar com tranquilidade do meio de campo, driblar Cássio, marcar seu 3º tento e mandar um belo “Chupa!” para o espanhol Fernando Torres. Menos de 30 minutos e já estava 3 x 0 para a Lusa. Há quantos anos não ouvíamos ou presenciávamos o Corinthians sofrer três gols com menos de meia hora de partida?!?

No 2º tempo, Pato e Jocinei (finalmente!) entraram para tentar o improvável e, pasmem, quase conseguiram! A equipe chegou a marcar dois gols, mas ambos foram corretamente anulados. No finalzinho, ainda houve tempo para Ralf espanar a bola de qualquer jeito e ela sobrar para Vanderson passar por Cássio e só empurrar para o gol alvinegro e fechar o caixão. Antes disso, Gil foi expulso.

Falta vibração aos jogadores (onde foram parar aqueles gritos após um gol ou chutão na linha de fundo?), falta um novo padrão tático (esse 4-2-3-1 ficou manjado), falta compreender e admitir que o planejamento desse ano foi um fracasso (alô Maldonado, Igor, Ibson) e principalmente, falta vergonha na cara de todos os envolvidos. Para quem esperava a cabeça de Tite numa bandeja, ele mesmo se prontificou a puxar a corda da guilhotina, mas foi impedido pelos jogadores e pela diretoria. O que faz sentido, até porque a essa altura, faltando dois meses para acabar o ano, a chegada de outro técnico não mudaria a situação.

E a decisão de mantê-lo, apesar de coerente em certos pontos, não o isenta de culpa. Não só ele, mas os diretores e atletas precisam tomar aquele famoso chá de vergonha na cara e buscar um final de temporada com um mínimo de dignidade.

Mario Gobbi, Edu Gaspar, Duilio Monteiro, Adenor Tite, Emerson, Paulo André e demais. Hora de ter humildade para vir a publico e dizer: “erramos”.

Ah sim, antes que me esqueça, dois comentários rápidos:

1-    Não vou comentar sobre a garrafa atirada no bandeira ou sobre as pichações no Parque São Jorge. Limito-me a dizer que esse tipo de animal, que mais atrapalha e fode o clube do que “ajuda”, tem que estar preso, não em estádio de futebol. 2013 ficará marcado como o ano em que a torcida mais tentou (e conseguiu) prejudicar o time.

2-    Dias atrás, descobriram que parte do entulho do antigo Palestra Itália foi reciclado e usado para a construção da Arena Itaquera. Coincidência?

Conceitos

Cássio – RUIM: Sem culpa direta nos gols, mas o jogo deixou bem claro que, cara a cara com ele, não é difícil dribla-lo.
Edenílson – RUIM: Fraco na contenção e idas ao ataque inefetivas.
Gil - PÉSSIMO: Quando a fase é tensa, até o melhor jogador do time no ano falha. Dois erros de marcação e uma expulsão infantil.
Paulo André – RUIM: Não teve culpa direta nos gols, mas praticamente não foi visto em campo.
(Pato) – REGULAR: Melhorou consideravelmente o ataque e participou da jogada dos dois gols anulados. Definitivamente, ele não pode sair do time.
Igor – HORRÍVEL: As jogadas dos dois primeiros gols começaram pelo seu lado, ridículo no apoio e teve direito a figuração de luxo no 3º gol, quando é visto escorregando ao fundo.
(Jocinei) – REGULAR: E o tal “planejamento” para sua estreia foi pras cucuias. Entrou numa bela fogueira e não comprometeu, fazendo em 45 minutos coisas que Igor, Maldonado e Ibson nunca fizeram, como armar o jogo, se apresentar com perigo, desarmar, etc.
Ralf – RUIM: Outro que vem se deixando levar pela pressão, falhou ao tentar espanar a bola e “entregou” o 4º gol à Portuguesa. Vem se tornando cada vez mais violento com o passar dos jogos, e isso é muito preocupante.
Ibson – SEM CONCEITO: Um dos poucos poupados, mas só porque saiu ainda no 1º tempo.
(Danilo) – REGULAR: Pouco rendeu jogando pelas pontas, mas mostrou categoria e disposição jogando de volante.
Douglas – REGULAR: Deu um belo chapéu no começo do jogo e sofreu vendo seus passes sendo desperdiçados pelo ataque.
Romarinho – PÉSSIMO: Previsível, não conseguiu criar nada nem pela direita e nem pelo meio.
Emerson – REGULAR: Sofreu o pênalti e se movimentou bastante. Nada mais.
Guerrero – PÉSSIMO: Não satisfeito em perder o pênalti, mostrou que precisa calibrar (muito) a mira. Bons tempos em que o time “jogava pra caralho”.
Téc. Tite – PÉSSIMO: Já deu pra perceber que o ciclo acaba esse ano, mas até dezembro, alguma coisa precisa mudar, principalmente por ainda ter a Copa do Brasil.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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| redacao_esporte@hotmail.com | @redacaoesporte

2 comentários:

  1. Em certo momento do jogo, comecei a torcer que a Lusa fizesse mais que os 4 gols pra ver se o time tinha alguma reação...
    É de se impressionar a apatia desse time em campo, não é sombra do time do ano passado mesmo com peças teoricamente melhores.
    Agora é rezar pro time dar sorte e ganhar essa copa do brasil pra conseguir uma vaga na libertadores.
    E pra mim, já deu pro Tite.

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  2. Jocinei mostrou em 45 minutos, e diante de todas adversidades, que é no mínimo 25 vezes mais útil que o Igor na lateral, e escolheu a camisa 32 porque é PELO MENOS, trinta e duas vezes melhor que Ibson e Maldonado juntos.
    Essa foi a gota d'agua pro Gaúcho perder o pouco respeito que ainda tinha.
    Passamos 12 rodadas sofrendo com Ibson ou Maldonado disputando quem era o pior, e ele sequer cogitou estrear o garoto. E o tal do Merecimento ?

    Sobre o Romarinho não tem como se expressar através de palavras. E sua titularidade muito menos

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