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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Comentário da Redação > Me gusta sufrir

Antônio Carlos, o zagueiro artilheiro (Foto: AFP)
O São Paulo de 2013 se encaixa perfeitamente no papel principal de uma novela mexicana. Não importa que a maré esteja boa, que as coisas estejam dando certo, que o caminho esteja menos tortuoso: ele vai preferir o drama, o sofrimento.

Como não poderia deixar de ser, o jogo desta quarta-feira diante do Nacional de Medellín teve contornos melodramáticos. Sendo o primeiro sinal um lance inimaginável do nosso camisa 10 (que só é chamado assim porque, realmente, usa a camisa 10).

Logo depois dos primeiros dez minutos de peleja, Jadson recebeu um passe bizarro de Denílson (normal), ajeitou com a esquerda como pôde e mandou um chutaço de direita, sem deixar a bola pingar. La pelota viajou pelo céu paulistano e encobriu o goleiro com nome de grife italiana. Golaço!

Porém, quem achou que a porteira ia abrir, se enganou. Os colombianos continuaram jogando da mesma forma, ou seja, recuados e tocando calmamente, como se fosse a primeira rodada do campeonato de futebol de botão amador da cidade deles. Nenhum problema quanto a isso, poderia ser até bom para nós. Acontece que a fase tricolor está boa ultimamente, então o tesão em meter bola é grande, logo, o time continuou buscando alternativas para furar a defesa dos negos.

Entretanto, sabe como é a sina de quem tá com a confiança no auge: o nosso amigo Murphy vem fazer uma visita. Em uma jogada idiota, sem perigo nenhum, Antonio Carlos recuou para Rogério, que quase tropeçou na bola, mas conseguiu tocar para Rodrigo Caio que driblou a si mesmo e deu a bola no pé do camisa 7 dos caras, que, aliás, parece mulher. Ele (ou ela), dominou calmamente, cortou o Rodrigones e só rolou para Uribe empatar.

Dali em diante começou o folhetim mexicano.

O segundo tempo foi na base do “vamos tentar de qualquer jeito”, enquanto que os colombianos só esperavam o tempo passar. Praxe, em se tratando de um visitante que fez o seu golzinho fora que vale por dois.

Acontece que um tal de Douglas, ruim de bola pra diabo apareceu por lá. Ficou sabendo dos planos do Medellín e decidiu que um escanteio bom ele ia cobrar. E o Rodrigo Caio desviou sutilmente para o pau dois, Antonio Carlos já sabia fuzilar, e decidiu empurrar para o gol, pra não deixar a zica assolar.

Apesar desse momento artístico acima (se não reconheceu a alusão, procure por “Faroeste Caboclo” no Google e ouça a música inteira, mané!), não adiantou muito.

O próprio Antonio Carlos, poucos minutos depois e totalmente sem querer, deu outro gol para o adversário.

Penumbra, tensão, questionamentos no Morumbi.

Porém, já aos 44, Osvaldo, o cabra da peste de outrora, resolveu mostrar que no cangaço ele ainda manda. Pegou a Maria Bonita, colocou embaixo do sovaco e falou “dêxa cunmigo!”. Na marca da cal, silêncio total. Cobrança, no meio da área. Seja o que Deus quiser. E ele quis o final feliz.

Antonio Carlos, o artilheiro da noite, o Al Pacino cego dançando tango com a gata do restaurante, testou firme, no canto, sem chance.

E foram todos os secadores dormir de cabeça inchada.

Semana que vem tem mais. Prepare sua pipoca, que o filme ta só na metade!

Conceitos

Rogério Ceni – REGULAR: Não teve culpa nos gols, é verdade, porém, não chegou nem perto de evitá-los.
Paulo Miranda – RUIM: Perde na corrida para todo mundo. O segundo gol foi a prova disso.
Rodrigo Caio – REGULAR: Uma puta cagada no primeiro gol dos caras, mas depois se redimiu ao participar do segundo gol nosso.
Antonio Carlos – ÓTIMO: Deu azar no segundo gol do adversário, mas marcou duas vezes. Sem mais.
Douglas – REGULAR: Jogou o mesmo de sempre, mas cobrou bons escanteios. Em um deles saiu um gol.
Denílson – REGULAR: Foi menos pior do que em outras oportunidades. Na verdade mesmo, nem teve muito trabalho.
Maicon – BOM: Deu o toque de Ganso que faltou ao meio de campo.
Jadson – REGULAR: Fez um puta golaço, mas ainda é muito omisso.
(Osvaldo) – REGULAR: Jogou pouco tempo e eu sequer daria um conceito se não fosse a cobrança perfeita de escanteio para o nosso terceiro gol. Ê cabra!
Reinaldo – REGULAR: Realmente ficou na média.
Luis Fabiano – RUIM: Ficou impedido várias vezes e nas poucas que conseguiu se posicionar bem, faltou inteligência para concluir.
(Ademílson) – REGULAR: Deu mais movimentação ao ataque. Só sua presença em campo já deixou os colombianos um pouco confusos.
Aloísio – REGULAR: Hoje não brilhou como em outros jogos, mas é sempre voluntarioso, independente da situação.
Téc. Muricy Ramalho – REGULAR: Errou ao colocar dois centro-avantes no time. Não adianta, vai ter que escolher: ou o Fabuloso ou o Boi Bandido.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.


Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com | jogodeequipe.blogspot.com.br

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