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domingo, 22 de dezembro de 2013

Gringolaço > Bayern pra lá de Marrakech

A carruagem do Raja Casablanca virou abóbora. Depois de assombrar os mineiros e causar o segundo “efeito Mazembe”, os marroquinos, empurrados pela torcida local, não foram páreo para o excelente Bayern de Munique, que precisou de 22 minutos para faturar pela terceira vez o Mundial de Clubes.

Foi 2 a 0. Sim, esse placar mesmo. Não houve massacre de 3, 4 ou 5 a 0, como a maioria dos analistas da bola (inclusive eu) previu antes do duelo.

É a segunda taça de Pep Guardiola no comando do Bayern, a terceira do Mundial - levou com o Barcelona em 2009 e 2011. Além disso, os bávaros coroam o ano perfeito com as conquistas do Campeonato Alemão, da Copa da Alemanha, a Champions League e a Supercopa.

O sonho marroquino acabou em sete minutos. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Dante, livre, que bateu forte e abriu o placar. Ah, se Karrouchy saísse um pouco antes da pequena área e não deixasse o zagueiro livre para fazer o gol... Como “se” não joga, o gol foi feito, a vaquinha começava a dar sinais de que ia pro brejo, mas a torcida não parava um minuto para empurrar o time da casa.

A diferença entre os dois era gigantesca. Enquanto o Bayern controlava as ações atacando com inteligência, o Raja ia para o ataque com a empolgação da torcida e errava além da conta. Se contra o Galo os marroquinos jogavam pelo chão e sem dar chutão, o que foi visto hoje foi extremamente ao contrário pelo seu nervosismo e a forte marcação bávara.

Aos 22, eis o golpe final. Alaba avançou pela esquerda, cortou o adversário e rolou para Thiago Alcântara colocar no canto de Askri. Um belo gol do meia, que poderia muito bem servir a Seleção Brasileira, caso não tivesse optado em defender a Espanha.

O Raja quase diminuiu no final do primeiro tempo quando Neuer entregou um presentão para Chtibi, que quase levou a torcida ao delírio com um gol de fora da área.

Para quem pensou que seria um massacre no segundo tempo, se enganou. Iajour quase diminuiu aos 11 minutos. Uma cabeçada potente, embora sem direção, que exigiu reflexo de Neuer. Ah, se saísse um golzinho... Certamente o jogo ganharia uma graça a mais.

Entre uns toquezinhos dos alemães aqui e a empolgação dos marroquinos ali, a taça estava encaminhada para o “Super Bayern” e o Raja, com tudo que fez durante o Mundial, pode se orgulhar do papel desenvolvido: um time com uma folha salarial bem abaixo da realidade europeia, com um treinador recém-chegado e com um futebol que pode  não ser dos melhores, mas com uma determinação superior do que foi apresentado, por exemplo, por Monterrey e principalmente o Atlético Mineiro.

Os números da partida não foram tão discrepantes assim.  Em arremates a gol, 11 a 7 para o Bayern. Em posse de bola, 72% a 28% para os campeões do mundo.

Torcedor: imagine se a decisão fosse entre Galo contra o próprio Bayern de Munique? Pois é atleticano, foi bom ter ficado em terceiro lugar, senão a humilhação seria grande. Não entrarei no assunto para não alongar o post, mas pelo time que tem, era “obrigação” do Atlético ter chegado a final (sem tirar os méritos do Raja).

Conforme eu havia escrito ainda nos tempos de Champions League em que estaríamos vivenciando uma “Nova Ordem do Futebol Mundial” a ponto de dar muita dor de cabeça aos gigantes, eis que essa Nova Ordem se chama Bayern de Munique.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


por Antonio Lemos
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www.paponaarquibancada.blogspot.com.br

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