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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Comentário da Redação > Diga à Nação que fico!

O artilheiro do Maraca ficou! (Foto: Terra)
O palco estava armado. O Maracanã estava cheio, do jeito que ele gosta. Era uma noite de gala, de despedida. Era o último jogo de Hernane, o carismático Brocador com a camisa do Flamengo. Sempre apontado como um jogador limitado que vivia apenas uma boa fase, era a hora de sair do radar e fazer seu pé de meia no novo eldorado futebolístico, a China.

Hernane sabia que estava devendo esse ano. Entrou pilhado, buscou o jogo. Além de todo esse clima, todo o rubro-negro chegava a esse jogo literalmente babando. Era o time que nos eliminou de forma vexatória na última Libertadores, mesmo que de maneira indireta. A imprensa fez questão de chicotear o pobre flamenguista durante a semana relembrando o passado ruim. É a mesma coisa que acontece em qualquer possível confronto contra o Santo André: passaremos a semana anterior ao confronto ouvindo piadas, vendo e revendo gols daquele fatídico jogo. Era preciso uma resposta.

O primeiro tempo a equipe não foi bem. Jogo amarrado, time dando muito espaço. Mugni foi muito mal. Errou quase tudo que tentou. Abusou das tentativas de jogadas de efeito, nenhuma com sucesso. Num jogo de Libertadores, qualquer falta próxima à área é bem vinda. Principalmente para Elano. Em uma justa homenagem ao maior jogador da história do futebol que estava no estádio, Zico, o meia rubro-negro colocou a bola no ângulo.

Na volta do intervalo, com Gabriel no lugar do péssimo Mugni, o time engrenou. Mais uma vez Elano apareceu com um bom passe para André Santos que cruzou para o Hernane reencontrar o caminho que mais conhece: a rede do Maracanã. Dois a zero, placar consolidado, era hora de fazer a bola rodar.

Quando a torcida ensaiava a ola, Cáceres achou Everton no costado da zaga, para concluir com perfeição no canto esquerdo da meta, 3 x 0. E quando a torcida já fazia a ola, Samir resolveu meter um golaço de peito. Contra. Detalhe que o chute foi de Escalada (aquele!!!!). 3 x 1.

A festa que era de despedida estava completa. Gol, vitória e a torcida pedindo para ficar. E pela manhã, após apoteótica noite, tivemos o dia do fico! Não será dessa vez que o Maracanã perderá seu maior artilheiro pós-destruição. Hernane resolveu ficar. Quando a magnética pede, fica difícil dizer não. Até porque ele está convidado para a última festa, a ser realizada no Maraca, com Léo Moura levantando a taça de campeão da Libertadores. Loucura? O que posso te dizer é carnaval e como diria o excepcional samba da Mocidade de 1992, sonhar não custa nada.

Conceitos

Felipe – FERNANDO PRASS: O Emelec não assustou muito e não teve culpa no gol, mas sofreu da “síndrome de Prass” ao sair em falso em um cruzamento.
Léo Moura – BOM: Curiosamente foi melhor na defesa que no ataque. Ótimas coberturas, mas errou alguns cruzamentos.
Wallace – REGULAR: Péssimo primeiro tempo. Facilmente envolvido, parecia afoito. Melhorou na segunda etapa.
SaMITO – BLACKENBAUER: Maturidade absurda para a idade. Rápido, dificilmente é pego de surpresa. Forte, não perde divididas. É titular absoluto. Adeus, Erazo.
André Santos – MARACUJINA: Tá nervoso esse ano hein, filho? Para com isso de querer bater nos outros. Apareceu também na assistência para Hernane.
Cáceres – BOM: Combateu muito bem e saiu de forma eficiente para o jogo, dando assistência para Everton marcar o 3º gol.
Muralha – REGULAR: Sabe qual o seu problema? Você acha que é o Gérson. Um passe de 2 metros bem dado, é melhor que um lançamento de 40 metros para o gandula. Pense nisso.
(Feijão) – QUEM É?: Só reparei que perdeu a bola pro gol do Escalada. Pois é, Escalada.
Elano – ELIAS: Segurou a bola, passou com qualidade e ainda marcou um golaço. Se não fosse loiro, minhas preces teriam sido ouvidas e teríamos o Elias em campo.
(Alecsandro) – BOM: Entrou jogando como meia (???) e foi muito bem. Driblou, lançou e marcou. Dá a 10 pra ele, Jayme.
Mugni – RUIM: Parece que não se alimenta antes dos jogos. Morto em campo, abusou dos passes errados. Parece querer ocupar a vaga de Carlos Eduardo no elenco.
(Gabriel) – ÓTIMO: Parecia o Bolt. Fez o time melhorar com bastante correria e arrancadas. Já merece a titularidade.
Everton – BALE: Infernizou os equatorianos. Sofreu a falta no gol de Elano. Acertou a trave em bela jogada. Marcou o 3º gol. Driblou até o amanhecer. Atuação espetacular.
Hernane – DOM PEDRO: Fez o que sabe: gol. Aqui seria o espaço para uma despedida, mas você fez o dia do fico para a Nação. Bom jogo apesar de toda carga emocional.
Téc. Jayme de Almeida – BOM: O time não foi bem no primeiro tempo. Com a entrada de Gabriel, equilibrou a equipe e conseguiu um importante resultado. Parece a vontade no cargo. Tem o grupo nas mãos.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Rafael Gomes | rafagomesdesouza@gmail.com | @rafaeldudu

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