O duelo tático, tão comentado desde que o sorteio de dezembro definiu o confronto, começou já nas escalações. No Barcelona, Martino colocou Fábregas no lugar de Pedro, para ter um homem a mais no meio-campo. Neymar, que voltou aos gramados no sábado e fez um golaço, começou no banco.
No City, Manuel Pellegrini adiantou Kolarov para a segunda linha, deixando Clichy na lateral esquerda. A ideia era adiantar a marcação e sufocar o meio-campo nos primeiros minutos. Dito e feito, nos 15 minutos iniciais o Barça dominava o jogo, mas não chutava e os 72% de posse já era o aviso de que era hora dos Citizens começarem a jogar.
A defesa do Barça é uma peneira e isso não é novidade, e para variar levou uns sustos, principalmente com Negredo. O centroavante espanhol teve duas chances de marcar, mas na primeira acabou chutando torto e depois Valdes defendeu após confusão na área.
Só para não dizer que o Barcelona chutou no primeiro tempo, Messi e Xavi incomodaram a meta de Hart aos 30 e 32 minutos. O argentino chutou por cima da trave enquanto o meia espanhol arriscou de longe (algo raro) e o goleiro espalmou.
A partida teve suas polêmicas. Na segunda etapa, o Barça estava melhor e eis o lance que mudaria o rumo da partida. Aos sete minutos, Jesus Navas puxava um contra-ataque quando dividiu com Busquets e caiu. Jogada duvidosa, que a arbitragem não assinalou como falta. Na sequência, Iniesta deu belo passe para Messi, que foi derrubado por Demichelis fora da área, mas o árbitro sueco Jonas Erikson assinalou pênalti e expulsou o defensor. Na cobrança, Messi converteu de deixou o Barça em vantagem.
Como um pugilista nas cordas, o City estava atordoado e o Barcelona perdeu uma grande chance com Daniel Alves para aumentar a vantagem, mas chutou para fora. Com as entradas de Nasri e Lescott, os Citizens se recuperaram na partida e pareciam que eles estava com 11 e o Barça com 10.
David Silva quase empatou em boa intervenção de Valdes, enquanto do outro lado, mais lambança da arbitragem: o auxiliar Mathias Klasenius marcou impedimento, mas Fábregas e Piqué, que participaram da jogada, não estavam impedidos.
Nos acréscimos, jogada 100% brasileira: Daniel Alves tabelou com Neymar, e o camisa 22 chutou entre as pernas de Hart, praticamente definindo o confronto.
Com a lei do gol fora de casa, a vantagem do Barça é bem confortável, ele joga agora diante da sua torcida e tem toda a experiência de jogar constantemente a competição ao seu favor. O City terá que provar porque é o melhor ataque da Europa, coisa que não fez na partida de ida. Também terá que torcer principalmente por uma noite bem inspirada de Agüero.
Bayer Leverkusen 0 x 4 PSG – Até as quartas de finais
Para alcançar tal triunfo, o time parisiense contou com mais uma atuação pra lá de espetacular de Ibrahimovic (pena que não estará na Copa). O sueco marcou duas vezes, chegando a dez na competição, sendo o último, um golaço.
Além de Ibra, Matuidi abriu o placar e o recém-contratado Cabaye fechou a conta no segundo tempo, após passe de Lucas. O PSG pode perder até por três gols de diferença, já o Leverkusen precisa de uma “missão impossível”: golear por quatro ou cinco gols de diferença na partida de volta, em Paris.
Os jogos de volta, tanto Barcelona x Manchester City quanto PSG x Bayer Leverkusen, serão realizados no dia 12 de março.
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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.
por Antonio Lemos | www.paponaarquibancada.blogspot.com.br
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