Acabou a semana e chegou a hora de fazer um resumo da terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. A rodada que fechou o turno dos jogos da fase de grupos foi ruim para os brasileiros, exceto o Furação que surpreendeu e venceu o Universitário do Peru fora de casa.
A semana começou com a ida do Cruzeiro ao Uruguai enfrentar o Defensor. Na acanhada cancha da equipe uruguaia os comandados do técnico Marcelo Oliveira sofreram com o estado ruim do gramado e com a velocidade dos meias do Defensor. O placar terminou 2x0 para o time local com dois gols do brasileiro Felipe Gedoz, um deles um golaço de falta. Além disso, Dagoberto perdeu um pênalti quando o jogo ainda estava 1x0 para os uruguaios.
A segunda equipe brasileira a entrar em campo na rodada foi o Botafogo, que também sofreu, jogando no Equador. Apesar de fazer um jogo equilibrado contra o Independente Del Valle, a time brasileiro foi refém do destempero de seus jogadores – Edílson e Bolívar foram expulsos – e acabou perdendo por 2x1 para os equatorianos, agora empatados com a equipe carioca na liderança do grupo.
Em seguida foi a vez do Galo viajar a Punta del Leste – o maior shopping dos brasileiros – para enfrentar o Nacional genérico. Com direito a um gol ilegal do Jô (a esperança brasileira na Copa) e um pênalti “mandrake” dado pelo juiz, o Atlético Mineiro empatou em 2x2 fora de casa e permanece na liderança isolada da chave.
Na mesma quarta-feira, foi a vez do Flamengo entrar em campo. O Rubro-Negro recebeu o modesto Bolívar. Jogando muito abaixo da crítica e cedendo muito espaço para o contra-ataque dos rivais, o Flamengo foi a decepção da rodada. O jogo no Maracanã terminou em 2x2 e o “time de Zico” foi o responsável pela maior glória do futebol boliviano desde a classificação para a Copa do Mundo, em 1993.
Fechando a rodada, Grêmio e Furacão entraram em campo na quinta-feira. A equipe paranaense foi ao Peru e em jogo fraquíssimo derrotou um Universitário pelo placar mínimo. Já na nova arena, o Grêmio fez literalmente um jogo de xadrez contra o Newell´s. A equipe argentina soube, como poucos, controlar a partida sem apelar para a violência. Já do lado tricolor, devido a boa apresentação do adversário a equipe teve dificuldades para chegar ao gol “Leproso”. As poucas (três) oportunidades foram desperdiçadas por Barcos, Pará e Ruiz. E o placar não saiu do zero.
Destaque positivo: Bernardi e o time do Newell´s. Fazia muito tempo que eu não via na Libertadores um time tão inteligente quanto este. Na base do toque de bola e na cadência do jogo de Bernardi, os “Leprosos” conseguiram dominar o jogo e afastar qualquer pressão do Grêmio, mesmo jogando fora de casa.
Destaque negativo: Flamengo, Nacional e Peñarol. Vergonhosa a partida que o Flamengo fez no Maracanã. É quase inadmissível um time brasileiro empatar com o Bolívar, o mais tradicional saco de pancadas da Libertadores. Tão ridículo quanto o jogo do Flamengo são os elencos de Peñarol e Nacional. Ver o futebol apresentados pelas duas equipes uruguaias, chega a dar dó de toda a história do futebol uruguaio.
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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.
por Rodrigo Svrcek
| @svrcek_rodrigo
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