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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Comentário da Redação > Tudo azul... NÃO! Tudo preto, vermelho e branco, rapá!

Nesta quarta-feira, o São Paulo retornou ao palco onde algumas semanas antes havia protagonizado sua principal pipocada no ano até agora.

O adversário que nos fez passar vergonha na ocasião foi o Penapolense, pelo Paulistinha. Time do interior de São Paulo, cujo nome começa com “Clube” e o uniforme usado no fatídico dia era azul.

Quando o CSA entrou em campo ontem trajando o mesmo azul, e percebi que “CSA” são as iniciais de Club Sport Alagoano, já me veio o filme daquela quarta-feira. Aliás, não só aquele filme, como muitos outros.

Em 2004, no mesmo Morumbi, pelo Paulistinha também, o São Paulo perdeu para o São Caetano e foi eliminado. O São Caetano usa uniforme de cor azul. Em 2000, na final da Copa do Brasil, o São Paulo levou uma virada histórica e traumática do Cruzeiro nos minutos finais do jogo e foi vice. O Cruzeiro usa uniforme de cor azul. Novamente em 2004, pela Libertadores agora, o São Paulo levou um gol praticamente no último minuto e foi eliminado pelo Once Caldas. Uniforme? Azul.

O uniforme azul se tornou um trauma na história recente do time, principalmente quando o contexto aponta favoritismo ou uma vitória iminente nossa. Os sustos que levamos ontem – e não foram poucos – atestam que meu receio de mais uma eliminação bizarra tinha fundamento. Inclusive, esses sustos foram provocados mais por moleza nossa do que méritos deles.

O time começou até bem, na verdade, tocando bastante a bola. Mas bastou Alexandre Pato, o menino feliz e tranqüilo da quebrada, abrir o placar, para o ritmo de treino tomar conta e a zica começar a querer dar as caras.

Para a nossa sorte, Souza e Rodrigo Caio foram (e tem sido) dois monstros em campo e, jogando sério como de costume, não deixaram a coisa degringolar. Além do mais, o CSA é até esforçado, mas é fraco mesmo. Pensando bem, os caras são fracos jogando bola, mas na violência, são bem agressivos. Se quiserem mudar de esporte ainda, acho uma boa.

Foi somente no segundo tempo, mais precisamente nos 15 minutos finais de jogo, que conseguimos espantar de vez o que poderia ser um fantasma. Luis Fabiano, agora o terceiro maior artilheiro da história do São Paulo, marcou duas vezes de cabeça e exorcizou o capiroto.

Pelo fato deste jogo ter sido contra um adversário bem meia-boca, não tecerei muitos comentários à respeito da partida em si, porém, acho importante mencionar algumas atuações.

Alexandre Pato foi bem demais. Não só pelo gol e assistência no segundo gol do jogo, mas se movimentou bastante, demonstrou vontade, foi voluntarioso e até se revoltou com o juiz em um lance lá. Pelo menos no quesito passividade, o cara aparentemente melhorou.

Souza: esse cara é o melhor volante que jogou no São Paulo desde o saudoso Hernanes. Fez muita falta contra a Penapolense e acho que com ele em campo, não iríamos perder.

Rodrigo Caio joga sério até pelada de final de semana, não é possível. O cara desarmou tudo e mais um pouco, evitando que consagrássemos mais um time escroto por nossa própria culpa.

Luis Fabiano merece os parabéns pela marca histórica, mas agora precisa fazer gol em jogos importantes também, né, porra!?

É isso. Agora enfrentaremos na Copa do Brasil mais um alagoano cujo nome começa com “Clube” (CRB). Mas dessa vez o uniforme dos caras é vermelho. Menos mal.

Conceitos

Rogério Ceni – REGULAR: Quase não foi exigido, mas quando aconteceu, fez a defesa sem maiores problemas.
Douglas – REGULAR: Correu bastante, mas falta uma sagacidade nele, de antever as jogadas e proporcionar oportunidades.
Rodrigo Caio – BRUTO, RÍGIDO E SISTEMÁTICO: Não é à toa que ele vem do interior. Tem cara de menino da vó, mas sempre joga sério e firme. Ontem desarmou tanto, que a PM o convidou a fazer parte da corporação. Estará na Copa de 2018, anotem.
Antônio Carlos – REGULAR: Atuação discreta. O que é bom. Zagueiro, quando aparece demais, ou é porque fez merda adoidado, ou porque fez o milagre na Terra. Não foi o caso.
Álvaro Pereira – PÉ DE CHUMBO: Errou 400 passes e cruzamentos por dar uma bicuda na bola, ao invés de um passe. Na única vez que dosou a força, saiu o terceiro gol.
Souza – HERNANES MINEIRO DE JOSUÉ SOUZA: Melhor volante que temos desde os três citados antes dele. Tomara que nunca mais se machuque.
Maicon – BOM: Às vezes ele encera tanto com a bola no pé, que o chão fica sujo. Deu belo passe para o primeiro gol do jogo, contudo, ele é qualquer coisa, menos volante. Abre o olho, Muricy
(Wellington) – SEM CONCEITO: Só entrou pra tentar levar amarelo, mas não conseguiu.
Ganso – REGULAR: Nada de extraordinário, novamente. Pelo menos dessa vez se movimentou mais. E ponto também por usar chuteiras pretas e manter o tradicionalismo da família brasileira em voga.
(Boschilia) – SEM CONCEITO: Só entrou pra ir ganhando rodagem.
Osvaldo – RUIM: Pareceu meio perdido. Talvez a obrigação de ir à linha de fundo e cruzar limitou seus pensamentos. O que é incompreensível, afinal, ele faz isso sempre mesmo...
(Pabon) – REGULAR: Entrou na metade do segundo tempo e não revolucionou o modo de vida da Armênia pós-guerra civil.
Alexandre Pato – BOM: Eu gostaria de dar “ótimo”, mas não posso, senão ele vai se empolgar demais. Sabe como é, os Conceitos do Redação do Esporte são lidos por 95% dos boleiros brasileiros, segundo dados do Data Pilat.
Luis Fabiano – TERCEIRO MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA: Agora só falta fazer gols em finais e jogos decisivos. Mas parabéns, de qualquer forma.
Téc. Muricy Ramalho
– REGULAR: Sacou Pabon para dar lugar ao Pato e, na realidade, tal alteração não foi a principal causadora da boa atuação do menino tranqüilo e feliz. O time ganhou porque é melhor que o CSA e só.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.


Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com | jogodeequipe.blogspot.com.br

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