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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Gringolaço > Um time BALEado

“É um Barcelona todo desarrumado,
Não tem defesa,
BALEado...”

Ok, pessoal do Redação, admito que assassinei a canção infantil e não sou tão bom de rimas, mas não tem como deixar de comentar. Cadê aquele Barcelona que ficamos acostumados e hipnotizados a assistir? É normal vermos nossos clubes tupiniquins perderem três jogos seguidos, mas com o Barcelona não é normal.

O que vimos mais cedo pela Copa do Rei foram os mesmos erros das derrotas contra o Atlético de Madrid e Granada, ou seja: invenções do “Professor Pardal Castelhano”; partindo para o desespero quando levou o gol e cruzando na área mais do que cachorro no cio. Pergunto, repergunto, digo, repito e se for possível faço nota de rodapé: um time, cujo seu ataque é pelo chão, pelo toque de bola, pra que ficar cruzando que nem um bando de retardados dentro da área?

O Real Madrid, nosso freguezão de anos, foi superior. Sim, é duro admitir, mas parecia que o clube da capital havia encarnado o espírito do Barça em jogar: foi pra cima; atacou; foi perigoso; mostrou eficiência e soube controlar o jogo. Só não conseguiu uma coisa: advinha? A tal posse de bola que ficou com o Barça e  que não soube aproveitar. É, posse de bola não ganha porra nenhuma e esse tal de tiki-taka está fazendo hora extra no mundo do futebol ou estou errado?

Aos 10 minutos, Daniel Alves perdeu a bola no campo de ataque e ligou o contragolpe. Benzema deu um ótimo passe para Di María, que livre, chutou cruzado sem muita força, mas José Pinto engoliu um frangaço. Parece piada pronta, mas é verdade: o Pinto engoliu um frango.

A nhaca era tanta que somente aos 41 minutos veio uma oportunidade do Barça com Messi. Iniesta fez grande jogada pela esquerda, driblando Pepe. Na sequência, a bola sobrou para o camisa 10 arriscar seu primeiro chute da entrada da área. A bola passou perto da trave. Aliás, cadê o Messi? Será que ele já está se poupando para arrebentar na Copa do Mundo?

A desorganização tática do Barcelona seguia e um jogador em especial a equipe não conseguia parar de jeito nenhum: Bale. O galês arrancava, chutava, driblava, chamava o jogo para si e a defesa (que defesa?) não conseguia neutralizar.

Aos 23 minutos, após cobrança de escanteio, Bartra subiu sozinho e cabeceou para o fundo do gol. Era um outro jogo. Era uma outra final. Mas peraí: seria um pássaro? Um trem-bala (sim, aquele prometido para ser feito no Brasil até a Copa)? Usain Bolt? Papa-Léguas? Ligeirinho? Não! Era Gareth Bale.

Faltando cinco minutos para o final, o galês pegou a bola no campo de defesa, chegou a sair pela lateral para não levar um “tackle” de Bartra, engatou a 6ª marcha e ganhou na corrida do próprio beque catalão, e na saída de Pinto fez um golaço. Como o País de Gales dificilmente vai para uma Copa do Mundo, Bale pode tentar uma vaga na equipe britânica para os 100 metros rasos nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Neymar teve nos seus pés a chance de levar o jogo para mais 30 minutos, mas a bola teimou em não entrar. Ela bateu na trave aos 44 minutos. Aliás, o brasileiro teve uma atuação “mais ou menos, mais ou menos”. Até confusão com o nosso zagueiro/lutador de UFC Pepe e com Fábio Coentrão ele se meteu, e acabou levando cartão amarelo.

Desde janeiro de 2003, em jogos oficiais, o Barcelona não perdia três jogos seguidos. Na época foram derrotas para o Valencia (4 a 2), Celta (2 a 0) e Atlético de Madrid (3 a 0). Como disse no começo do post “é normal vermos nossos clubes tupiniquins perderem três jogos seguidos, mas com o Barcelona não é normal”. Para Tata Martino eu só tenho uma coisa a dizer parafraseando o ótimo filme Tropa de Elite: “PEDE PRA SAIR!”.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


por Antonio Lemos
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www.paponaarquibancada.blogspot.com.br

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