
Apesar das circunstâncias da partida, o resultado não era o esperado pelo time do Morumbi, que está há três partidas sem vencer - duas pelo Campeonato Paulista e uma pela Libertadores - e agora vai decidir a liderança do Grupo 2 no dia 21 de abril, no Morumbi, contra o Once Caldas, da Colômbia. O Tricolor chegou a dez pontos e continua na liderança. Que pode ser provisória.
Primeiro tempo equilibrado no estádio Tecnologico
O brasileiro Val Baiano, que durante a semana esperava entrar no segundo tempo e dançar o "Rebolation" caso balançasse as redes, foi a surpresa do técnico Victor Vucetich no Monterrey, formando dupla de ataque com Sérgio Santana. Já o São Paulo entrou em campo com Jorge Wagner no meio-campo e Cicinho na lateral direita. O objetivo de Ricardo Gomes era dar mais velocidade ao time.
O melhor lance são-paulino foi aos 23 minutos, quando Hernanes cruzou pela direita, e Washington, de primeira, finalizou. Orozco fez uma grande defesa no canto esquerdo. Após um começo promissor, o São Paulo começou a ser neutralizado pela marcação do Monterrey. O camisa 1 precisou mesmo mostrar serviço aos 41, quando Paredes levantou a bola para Santana cabecear sozinho. O capitão espalmou e salvou o time.
Pressão mexicana na etapa final
Ricardo Gomes havia falado durante a semana que queria casa cheia para que o São Paulo tivesse mais vibração em campo, mesmo que a torcida fosse contra. O Tecnologico, com capacidade para 32 mil pessoas, estava lotado, mas não tinha clima de "caldeirão". Apesar disso, o Tricolor teve de passar os últimos 45 minutos praticamente segurando a pressão adversária.
Hernanes, que não rendendo nada, saiu para a entrada de Xandão. Com três zagueiros em campo, Gomes acabou chamando o adversário para cima. Nos minutos finais, o Monterrey encurralou o São Paulo, nitidamente conformado com o empate, em seu campo de defesa. Entre todo o sufoco, o lance mais inacreditável aconteceu aos 47. Arellano recebeu um belo passe na área, mas Miranda salvou o Tricolor. Na sequência, Ayoví carimbou o travessão. Após um bate-rebate, com a zaga são-paulina tentando a todo custo tirar a bola da área, o árbitro marcou impedimento do ataque do Monterrey. Sorte tricolor em noite de 0 a 0.
Ficha Técnica
MONTERREY 0 x 0 SÃO PAULO | |
Orozco, Perez (Medina), Morales, Basanta e Paredes; Zavala, Ayoví, Martínez e Cardozo, Val Baiano (Carreño) e Sergio Santana (Arellano) | Rogério Ceni, Cicinho (Jean), Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Hernanes (Xandão), Rodrigo Souto, Cleber Santana e Jorge Wagner; Dagoberto (Fernandinho) e Washington |
Técnico: Victor Vucetich | Técnico: Ricardo Gomes |
Cartões amarelos: Ayovi (Monterrey); Junior Cesar e Miranda (São Paulo) | |
Estádio: Tecnologico, em Monterrey (México) Data: 31/03/2010 Árbitro: Saúl Laverni (ARG) Auxiliares: Gustavo Esquivel e Roberto Reta (ARG) |
Comentário da Redação
A culpa é do gramado que é duro?
Brincadeira! Após ver mais uma partida nojenta do São Paulo “Europeu”, fui obrigado a ouvir o Ricardo Gomes, ainda em campo, dizer na entrevista que a culpa da pressão exercida pelo Monterrey foi o gramado que era duro demais e deixava a bola “viva”. Ah me poupe francês...
A culpa dessa tamanha pressão foi sua, ao colocar um terceiro zagueiro em campo e chamando os mexicanos para cima. Aliás, tem muito mais coisa dentro dessa equipe que é culpa sua. Para começar, atitude reflete a liderança. Cadê a vontade desse time?
Péssimo taticamente, como você quer um time com velocidade e me escala Hernanes, Cléber Santana e Jorge Wagner no meio, sem contar o Washington na frente? Só pode ser piada, e de mau gosto.
Voltando ao jogo de ontem, foi um primeiro tempo razoável e um segundo péssimo, daqueles que dá até vergonha de dizer que é meu time jogando. Só posso dizer duas coisas: está cada vez mais difícil assistir jogo do São Paulo, e a croissant do Ricardo Gomes tá assando...
Conceitos
Rogério Ceni – ÓTIMO – Por três oportunidades salvou o tricolor e garantiu o “ótimo” resultado.
Cicinho – BOM – Vinha jogando bem, fazendo a melhor partida desde quando voltou. Mas sentiu uma lesão muscular. Ainda foi obrigado a ouvir o RG dizer que ele estava certo.
(Jean) – SEM CONCEITO – Não vi tocar na bola.
Alex Silva – ÓTIMO – O melhor em campo, muita raça e disposição. Poderíamos ter mais uns 5 com a vontade dele na equipe.
Miranda – BOM – Jogou com seriedade. Foi o zagueiro firme e seguro que costumamos ver.
Junior César – ÓTIMO – Lembrou seus bons tempos no Fluminense. Partida perfeita na marcação e boa presença na frente.
Rodrigo Souto – BOM – Sempre seguro e discreto. Ao meu ver é o único titular absoluto nesse meio-de-campo.
Cléber Santana – PÉSSIMO – Precisa aparecer para o jogo, prende demais a bola e é lento.
Hernanes – PÉSSIMO – Sonolento, apático e desinteressado.
(Xandão) – SEM CONCEITO – Pouco tempo em campo.
Jorge Wagner – REGULAR – Fez um bom primeiro tempo, com a bola passando bastante pelos seus pés. Mas sumiu na segunda etapa.
Dagoberto – REGULAR – Não fez uma boa partida. Tentou chamar o jogo, se movimentou, mas não conseguiu se livrar dos mexicanos.
(Fernandinho) – REGULAR – Na minha opinião ainda precisa mostrar serviço. Parece um Hernanes do ataque. Fez duas boas jogadas e ficou o resto do jogo escondido na ponta esquerda.
Washington – REGULAR – Teve uma ótima chance que o goleiro mexicano salvou, e só.
Ricardo Gomes – PÉSSIMO – A culpa não é dele, é do gramado que estava duro demais. Retranqueiro e medroso, não tem competência para dirigir uma equipe grande. Covarde, a entrada do terceiro zagueiro quase custou a derrota.
Direto da Redação
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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foi vergonhoso mesmo tirar o Hernanes para colocar um zagueiro, a sorte do Ricardo é que o SPFC não tomou gol naquele bombardeio do final
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