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domingo, 30 de maio de 2010

Copa do Mundo > Domingueira do Pilat

Naquelas Copas de 1982, 1986 e 1990...

Responda rápido: o que as Copas do Mundo de 1982, 1986 e 1990 tiveram em comum? Se você respondeu Alemanha Ocidental como finalista, acertou. O país que representava o lado capitalista da Alemanha, em mundo dividido pela Guerra Fria, alcançou uma soberania no futebol, antes atribuída apenas ao Brasil e à Itália.

Se em 82 e 86 os alemães pararam na decisão, em 90 a Copa do Mundo foi deles. Pela terceira vez na história, igualando à época o Brasil. Essa década de copas marcou uma geração de craques como Rummenigge, Breitner, Summer, Brehme, Voller, Klismann, Matthäus... além do técnico de 1990, Franz Beckenbauer, um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Coadjuvante em 1982


A Alemanha Ocidental não foi, nem de longe, protagonista no Mundial da Espanha. As atenções do mundo estavam voltadas para a Argentina, campeã de 1978, e Brasil, time que tinha Zico, Sócrates, Toninho Cerezo, Falcão e uma constelação de craques. Aliás, iria contar a história daquela seleção, mas acho que todos já sabem, não é verdade?

O que posso destacar é que a Itália entrou nesse hall de "atores principais" ao eliminar os dois outros protagonistas na segunda fase. Com isso, o patinho feio dos grandes tipes do Mundial passou a ser atração. O time italiano foi à final contra uma Alemanha que passaram por duros testes contra Espanha, Inglaterra e França, mas sem a moral que os italianos tinham.

Liderados por Paul Breitner, campeão do mundo em 1974, a Alemanha pouco pôde fazer na decisão para segurar o ímpeto do time de Paulo Rossi e companha. A Itália venceu por 3 a 1 e conquistou o bicampeonato.

Zebra em 1986

Se em 1982 a Alemanha teve duros desafios até a final, em 1986, mesmo com um caminho teoricamente simples, os alemães sofreram e decepcionaram pelo futebol apresentado. Até chegar a decisão, o time germânico venceu apenas duas partidas, com mais dois empates e uma derrota. Campanha pífia de um finalistas que pode ser considerado uma grande zebra.

Jogo convicente dos alemães apenas na semifinal, contra a mesma França de quatro anos anteriores. França da Platini, que vencera o Brasil nas quartas de final. Mas a Alemanha não era a mesma. Tinha dois jogadores diferenciados, como Matthäus, Rummenigge e Voller. Este último e também Brehme foram os responsáveis pela vitória de 2 a 0 sobre os franceses.

Na final, Voller e Rummenigge marcaram, mas o adversário era a Argentina de Diego e mais "diez". Dieguito, que ficou marcado por dois gols contra a Inglaterra nas quartas de final - um gol de mãos (la mano de Diós) e outro fazendo fila - comandou a equipe na conquista do bicampeonato, atuando como garçon na grande decisão: 3 a 2, e Argentina campeã. Alemanha, vice de novo.

Enfim, tri (1990)

Depois de duas Copas amargando o gosto do segundo lugar, a Alemanha Ocidental viveu seu grande momento em 1990. Na Itália, muitos reputam o Mundial como de baixo nível técnico, mas os dois finalistas, Argentina e Alemanha (mais umas vez) era grandes equipes.

A Argentina, na minha opinião, era até melhor que o time campeão mundial quatro anos antes. Diego Maradona teve a companhia de outros bons valores como Claudio Caniggia, autor do gol que eliminou o Brasil nas oitavas de final. A Alemanha era um timaço. Talvez, a melhor Alemanha de todos os tempos. Com Voller, Brehme, Matthäus, Rummenigge e Klismann.

O gol do título alemão foi marcado apenas aos 40 minutos do segundo tempo, em Roma. Gol de Andreas Brehme, de pênalti. Mais sofrido, impossível. Uma vitória com gosto de vingança. A Alemanha Ocidental era tricampeã do mundo - e ainda é, jogando um futebol com a cara de seu técnico, Beckenbauer.

LEIA TAMBÉM > Naquelas Copa de 1974 e 1978...


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* A coluna Domingueira do Pilat relembra os fatos que marcaram a história do esporte. Afinal, é preciso conhecer o passado para entender o presente e projetar o futuro.

Direto da Redação










Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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ricardopilat

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