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domingo, 4 de maio de 2008

Coluna > Domingueira do Pilat

Especial Senna - Parte 4
14 anos sem Senna

Parece que foi ontem... talvez tenha sido e eu não tenha notado. Talvez eu tenha crescido muito rápido, muitas coisas tenham acontecido, e há apenas um dia o Brasil perdia Ayrton Senna, como se o vento o tivesse levado sutilmente.

Talvez seja menos traumático pensar desta forma, porque teríamos ainda viva e fresca em nossa lembrança a figura de Senna dentro de um cockpit, antes de uma corrida. Senna era mais que um piloto brasileiro, Senna era o Brasil.

Naquele ano de 94 ele começava sua curta passagem pela Williams. Até então, em duas corridas, Senna não havia marcado nenhum pontos e decepcionava o mundo da velocidade, afinal era o melhor piloto na melhor escuderia.

A pressão era grande para aquele GP de San Marino. Entretanto, ninguém esperava que o fim de semana começasse de forma tão assustadora. Logo na sexta, o também brasileiro Rubens Barrichelo bateu feio, muito feio. O acidente chocou todos os pilotos, mas felizmente Rubinho sofreu apenas algumas escoriações.

No sábado a primeira tragédia. Roland Ratzenberger bateu no sábado e não resistiu aos ferimentos. O austríaco morreu e o mundo da velocidade estava de luto e preocupado com a realização da corrida. Senna teve uma reação chocante. Segue abaixo o vídeo do acidente de Ratzenberger. A seqüência é impressionante.




Medo

Senna não queria correr. Pela primeira vez ele sentia algo que lhe preocupava... era medo. Não era um medo comum, medo dos covardes, dos que não gostam de encarar desafios - talvez, por não ser covarde, eles quis arriscar. Era medo de quem sabia que sua vida acabava ali.

Eu era apenas um menino e não entendia o que era fórmula 1, mas entendia que Senna era tipo... o rei da nação. Porque, eu não sei, mas no pensamento de um menino, quando um carro azul se espatifou na tamburelo, o Brasil perdia seu Rei, o que não deixava de ser verdade.

Senna se foi e com ele se foram milhões de corações brasileiros que pulsavam na mesma marcha, no mesmo giro dos motores. Crianças como eu, que mal sabiam o que era um freio, e várias outras gerações que ficaram órfãs do seu grande ídolo.

Falar de Ayrton Senna, ouvir seu tema da vitória e não se arrepiar, é impossível. Senna se foi, mas ficaram milhares de histórias, mitos, frases, amigos e inimigos, milhões de fãs, mas tem uma coisa que infelizmente ele levou junto em seu carro destroçado: a época romântica na F1.

14 anos sem Senna e parece que foi ontem mesmo...

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Abraços e bom domingo a todos.


Especial Senna
Parte 1 > Iluminado
Parte 2 > Começo por baixo
Parte 3 > Alma de campeão









Colunista
: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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